sábado, 3 de abril de 2010

Computação Na Nuvem Será Bom Para o Planeta?


Serviços Baseados na Web Podem Triplicar Consumo Energético

Um dos principais argumentos a favor do cloud computing (computação na nuvem) é a poupança que pode gerar para as empresas, dispensadas de uma infra-estrutura tão poderosa quando optam por este modelo de fornecimento de serviços. Para os usuários individuais torna-se possível acessar a uma grande variedade de serviços que não "fazem peso" no seu equipamento, já que são fornecidos via Web.
 
Contudo, a concentração de maiores volumes de informação em menos e maiores centros de dados potenciais, podem causar efeitos mais nefastos para o ambiente, que o armazenamento de software e dados no computador de cada usuário.
 
A propósito do lançamento do iPad, um equipamento que tira principalmente partido de conteúdos e software fornecidos a partir da Internet, a Greenpeace apresentou um estudo que antecipa um cenário negro para os consumos energéticos e consequente pegada ecológica das Tecnologias de Informação.
 
De acordo com as estimativas da organização, a crescente aposta em dispositivos baseados em computação na nuvem acarreta o risco de aumentar as emissões de gases com efeito estufa, na medida em que potenciará a necessidade de mais e maiores centros de dados, "numa espiral que pode ficar fora de controlo".
 
No que diz respeito ao consumo energético, o relatório sustenta ainda que, se manter o ritmo de crescimento atual, em 2020, os centros de dados e redes de telecomunicações - os dois componentes "chave" da computação em nuvem - serão responsáveis pelo consumo de qualquer coisa como 1.963 mil milhões de kilowatts/hora.
 
Segundo as contas da Greenpeace, o consumo estimado para daqui a 10 anos é mais do que três vezes superior ao verificado atualmente e mais do que o necessário para cobrir todos os gastos energéticos (atuais) da França, Alemanha, Canadá e Brasil.
 
"À medida que a nuvem se expande, o apetite da indústria das TI por energia irá aumentar, fazendo desta a maior responsável pelas mudanças climáticas, a menos que a indústria adote e defenda o recurso a energias renováveis e apoie a criação de leis contra o aquecimento global", afirma o membro da organização Casey Harrel.
 
O ativista enfatiza o papel a desempenhar pelas grandes empresas na promoção de medidas que promovam um crescimento responsável - ao contrário do que fez recentemente o Facebook, que abriu um novo centro de dados que recorre ao carvão e à rede eléctrica nacional como fonte de energia, "desperdiçando a oportunidade de promover o uso de energias renováveis".
 
Apesar disso, o responsável manifesta confiança nas potencialidades do setor das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), que espera sejam capaz de "ajudar a combater as mudanças climáticas fazendo aquilo que faz melhor: inovando para reduzir as emissões de gases com efeito estufa e melhorando os níveis de eficiência energética".
 
Ainda segundo a mesma fonte, a resposta para travar a poluição e o aquecimento global terá de passar pela aposta em redes inteligentes (smart grids), edifícios com emissões zero, e sistemas de transportes mais eficientes.


Computação Nas Nuvens - A computação nas nuvens, em inglês chamada de "cloud computing", é uma tendência na internet do futuro. Ninguém precisará instalar nenhum software em seu computador. Tarefas como edição de imagens e vídeos até a utilização de programas de escritório (Office), tudo isso será acessível através da internet. Você simplesmente cria uma conta no site, utiliza o aplicativo online e pode salvar todo o trabalho que for feito para acessar depois de qualquer lugar. É justamente por isso que o seu computador estará nas nuvens, pois você poderá acessar os aplicativos a partir de qualquer computador que tenha acesso à internet.

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